Na nona rodada de negociação específica entre a CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) e os representantes do Banco do Brasil, realizada na tarde desta quinta-feira 29, em São Paulo, os funcionários do Banco do Brasil obtiveram uma importante conquista: a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes com deficiência física e/ou mental.
A cláusula garante uma redução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários que cumprem 8 horas diárias e de 1 hora para aqueles com jornada de 6 horas. Este avanço representa uma significativa vitória para os trabalhadores, atendendo a uma demanda essencial para quem possui filhos com deficiência.
Além da conquista da redução da jornada, o Banco do Brasil também apresentou medidas relacionadas ao banco de horas negativas acumuladas durante a pandemia de Covid-19. A proposta final inclui a anistia das horas para diversos grupos: funcionários com 60 anos ou mais, funcionários afastados por licença saúde, pais de filhos com deficiência, e funcionários que faziam parte do grupo de risco da covid. Para os funcionários do grupo de risco, a anistia das horas dependerá de terem cumprido pelo menos 30% das horas até maio de 2025, quando se encerrou o acordo relacionado à pandemia.
O banco ressaltou que as devoluções das demais pautas dependerão das cláusulas econômicas a serem discutidas na mesa única de negociação com Fenaban (federação dos bancos).
Ao final da reunião, os representantes dos trabalhadores cobraram respostas adicionais sobre o programa de cargos e salários, o teto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a possibilidade de ampliação desse valor, caso a eliminação do teto não seja possível. Também solicitaram um posicionamento sobre as metas exigidas, que impactam diretamente outros pontos em negociação, e uma solução para bancários oriundos incorporados, para que possam ingressar na Cassi e Previ, e definição para os caixas e funcionários da CRBB (Central de Relacionamento do Banco do Brasil).
“A CEBB cobrou do BB, de forma incisiva, respostas para estas questões relacionadas com os direitos dos caixas, funcionários egressos de bancos incorporados, CRBB (Central de Relacionamento do Banco do Brasil), e sobre o teto da PLR”, diz o representante da Fetec-CUT/SP na CEBB, Antonio Netto.
“Avaliamos que obtivemos avanços importantes na mesa de negociação com o Banco do Brasil, mas é fundamental também que a Fenaban apresente uma proposta decente na mesa única, de forma que o debate com o BB sobre as cláusulas econômicas específicas também possa avançar”, conclui o dirigente.
Fonte: SEEB/SP