Transferência de atividades para subsidiárias levanta suspeitas e colocam em risco programas sociais - foto Paulinho Costa feebpr -
Os funcionários da Caixa Econômica Federal estão em alerta máximo. Suspeitas de um plano de privatização camuflada ganham força com a possível transferência de atividades essenciais para subsidiárias do banco. Entre as medidas preocupantes está a transferência das operações das lotéricas e dos cartões de crédito para empresas subsidiárias, um movimento que, segundo os funcionários, pode colocar em risco programas sociais do governo.
"A criação da subsidiária LOTEX, hoje Caixa Loterias, em 2016, no governo Temer, teve o propósito de preparar a privatização das operações, o que só não aconteceu devido à forte pressão que exercemos junto com outras entidades e parlamentares", alertou Marconi Apolo, presidente da FENAG (Federação Nacional das Associações de Gestores da Caixa).
O retorno desses planos agora, sob nova administração, preocupa os funcionários, que veem a rápida retomada do processo de "privatização camuflada". Uma das medidas em análise é a transferência de toda a atividade das lotéricas para uma subsidiária, a Caixa Loterias S. A., e o mesmo pode acontecer com a operação de cartões de crédito.
A preocupação se justifica pela relevância das loterias na arrecadação de recursos para programas sociais. No ano passado, as Loterias da Caixa arrecadaram R$ 23,4 bilhões, com cerca de 60% desse montante destinado a investimentos sociais. Funcionários alertam que, com a privatização dessas operações, os recursos voltados para a sociedade estariam em risco.
Além disso, a influência política no processo também levanta preocupações. A indicação de Carlos Vieira como presidente da Caixa, atendendo a pedidos do presidente da Câmara, Arthur Lira, e a substituição de um assessor responsável pela área de apostas esportivas eletrônicas, mostram um alinhamento de interesses que desperta suspeitas.
Com uma retomada tão rápida dos planos de privatização, os funcionários aguardam esclarecimentos por parte da Caixa, enquanto o conselho de administração se prepara para tomar decisões que podem ter impacto direto nos rumos do banco e dos programas sociais vinculados a ele. (Fonte: Em Tempo Notícias)
Mobilização
Para marcar o posicionamento contra a possibilidade da criação de uma subsidiária para operar as loterias do banco público, entidades e empregados se concentraram, nesta segunda-feira, às 15h, em ato na Matriz 1 da Caixa, em Brasília.
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