Em entrevista ao programa É Negócio, Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, revela uma quebra de paradigma para o banco e diz que a empresa vai trazer talentos de fora com uma “maior intensidade” (Por Carlos Sambrana) - foto divulgação -
A mudança de CEO no Bradesco, anunciada no fim do ano passado, quando Octavio de Lazari Junior foi substituído por Marcelo Noronha, veio recheada de expectativas sobre os planos do novo presidente para fazer o Bradesco ganhar eficiência e convencer os investidores da companhia.
Recentemente, Noronha anunciou algumas das novas medidas – mas o mercado ainda não comprou totalmente o plano de reestruturação. “Estamos olhando para o longo prazo, para os competidores incumbentes, os insurgentes e o mercado internacional”, diz Noronha em entrevista ao programa É Negócio, parceria do NeoFeed e CNN Brasil, que vai ao ar no domingo, 18 de fevereiro, às 20h45 na CNN Brasil e em suas plataformas.
Aos poucos, o executivo vai dando spoilers do que pretende fazer na instituição financeira que conta com 71 milhões de clientes, 85 mil funcionários e que, no ano passado, lucrou R$ 16,1 bilhões – apesar de robusto, o número é 21,2% menor do que o apresentado em 2022.
Uma das medidas que ainda não tinham sido anunciadas e que Noronha revelou ao É Negócio é o fim da hegemonia da carreira fechada. Trata-se de uma quebra de paradigma dentro da instituição financeira da Cidade de Deus. “Já mudou. Na hora que sentei na cadeira”, diz Noronha.
O Bradesco sempre foi conhecido por contratar seus profissionais e formá-los dos níveis hierárquicos mais baixos até levá-los ao alto escalão. Ao mesmo tempo que criou uma cultura forte, isso fez com que o banco desperdiçasse a chance de trazer novos talentos e olhares de fora da organização.
“Você tinha uma oportunidade de carreira, que se chamava carreira fechada, que não existe mais. Isso não é mais assim”, afirma Noronha. E prossegue. “A gente está aberto a trazer pessoas do mercado. A gente já trazia com baixa intensidade e hoje a gente está dizendo o seguinte: eu posso trazer em qualquer nível e amanhã o conselho também pode querer contratar um CEO.”
Noronha, entretanto, faz uma ressalva. “A nossa promessa continua sendo de reter talentos. A gente quer continuar oferecendo carreira e oportunidade para os colaboradores, independentemente de a gente trazer outros colegas de fora que possam trazer skills diferentes, conhecimento diferente para a gente.”
No programa, o executivo detalhou o plano, falou sobre a digitalização do banco e a contratação de milhares de desenvolvedores, a criação de uma nova área para atender clientes de alta renda e que ficará entre o Prime e o Private, a proposta de fechar o capital da Cielo e muito mais. (Fonte: NEO FEED)
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