“Consideramos um avanço esse retorno do banco, fruto de reiterados pedidos nossos, representantes dos trabalhadores, para proteger funcionárias e funcionários em condições que os colocam no grupo de risco”, pontou Fernanda Lopes, secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB. “Cada dia no trabalho presencial é um grande risco de vida para esse grupo de pessoas, mesmo que vacinadas. A pandemia não acabou”, completou.
Os bancários que se enquadrarem no grupo que deve permanecer em trabalho remoto deverão encaminhar laudo médico comprovando a condição e indicando afastamento do trabalho presencial aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), localizados nas Gerências Regionais de Gestão de Pessoas. Demais casos com indicação de afastamento das atividades presenciais também devem ser encaminhados ao Sesmt para avaliação.
Mobilização nacional
A CEBB cobrou do banco mais contratações, único meio para resolver a sobrecarga e melhorar as condições de trabalho nas agências e unidades administrativas do BB. Os representantes dos funcionários do BB reivindicaram, ainda, a implementação do acordo de teletrabalho.
Também nessa terça-feira (7), horas antes da mesa de negociação entre a CEBB e o BB, funcionários e funcionárias do banco realizaram o Dia Nacional de Luta, denunciando a sobrecarga no trabalho por causa da implementação de metas abusivas e da redução do quadro de pessoas.
“As mobilizações em todo o país mostraram a indignação com as atitudes do BB, tomadas de forma unilateral. Os sindicatos fizeram o seu papel que foi cobrar respeito e negociar, buscando saídas para todas as questões que envolvem a segurança e manutenção dos postos de trabalho”, destacou Fernanda Lopes. “O banco tem que aprender a respeitar seus funcionários não somente por meio de palavras, mas através de atos também”, concluiu.
Fonte : CONTRAF