SANTANDER IGNORA PANDEMIA E VOLTA AO HORÁRIO NORMAL A PARTIR DE SEGUNDA (4)

01/10/2021

 

Sem negociar com o movimento sindical, o Santander comunicou que o horário de atendimento aos clientes nas agências será estendido até 16h, a partir de 4 de outubro. O atendimento exclusivo prioritário será das 9h às 10h, e o atendimento ao público geral ocorrerá entre 10h e 16h.

“Mais uma vez a direção do Santander toma uma medida sem negociar com a representação dos trabalhadores, e ignora que ainda estamos na pandemia, quando o índice de vacinação da população não atingiu o mínimo recomendável pela comunidade médica e científica para alcançar a chamada imunidade de rebanho.” diz Ana Marta Lima dirigente sindical e bancária do Santander.

De acordo com a maioria dos modelos epidemiológicos, espera-se que essa imunidade de grupo seja alcançada quando a proteção atinge entre 60% e 80% da população.

No Brasil, 42,2% da população estava totalmente imunizada. No estado de São Paulo, o índice chegou a 56%. Os dados referem-se a 29 de setembro e foram divulgados pelo consórcio formado pelos veículos de imprensa Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1, diante da falta de informações centralizadas e confiáveis do governo federal.

“Entendemos que a abertura de agências por um período mais prolongado expõe os trabalhadores ao vírus por mais tempo. E o índice de vacinação ainda insuficiente da população reforça que não é o momento para implantar tal medida, ainda mais sem negociar critérios com a representação dos trabalhadores, como rodízio de trabalhadores ou protocolos de saúde e prevenção ao coronavírus mais eficazes”, afirma Ana Marta.

Pesquisa elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avaliou as condições de teletrabalho da categoria após mais de um ano de duração desse regime de trabalho durante a pandemia de Covid-19. Mais de 13 mil bancárias e bancários responderam ao questionário, que aponta maior incidência de diagnóstico positivo de Covid-19 (38%) entre os que permaneceram no trabalho presencial do que entre aqueles que passaram a modalidade em home office (23%). (Fonte: Seeb SP)

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