A Caixa Econômica Federal (CEF) registrou um lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre deste ano. O resultado é 39,3% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado e 16,1% menor que o lucro do primeiro trimestre.
O balanço da Caixa no segundo trimestre foi divulgado nesta quarta-feira (26/08), um dia depois de o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ter dito, em cerimônia no Palácio do Planalto, que a Caixa "nunca teve tanto lucro". E levou o banco a um resultado de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre - uma queda de 31% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a Caixa, o lucro de R$ 2,6 bilhões resulta de um aumento das provisões e de uma redução das receitas e da margem financeira do banco. No segundo trimestre deste ano, o período mais intenso da pandemia do novo coronavírus no Brasil, o banco ampliou as provisões para devedores duvidosos em 40% em relação ao trimestre imediatamente anterior, a R$ 2,8 bilhões. Já as receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias caíram 7% nessa mesma base de comparação, a R$ 5,39 bilhões. Por isso, a margem financeira do banco ficou em R$ 9,6 bilhões, redução de 9,6% em relação ao primeiro trimestre e de 31% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Crédito
O resultado da Caixa só não foi menor porque a carteira de crédito do banco cresceu 5,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. E, sobretudo, porque a carteira de crédito da Caixa cresceu 5,5% no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado.
A carteira de crédito ampla da Caixa chegou a um saldo de R$ 720,1 bilhões em junho de 2020. E R$ 100,5 bilhões desse crédito foram contratados só entre abril e junho, segundo o banco. O resultado é o melhor para o segundo trimestre dos últimos quatro anos e também é 10,5% maior que o registro no primeiro trimestre do ano.
Segundo a Caixa, a ampliação do crédito reflete os aumentos de 7,2% das contratações em habitação, de 34,3% em crédito rural, de 2,6% em saneamento e infraestrutura, de 1,1% em crédito comercial pessoa física e de 6,3% na carteira comercial pessoa jurídica. Cerca de R$ 9,5 bilhões do crédito liberado no segundo trimestre foram contratados só por micro e pequenas empresas, sendo R$ 7,3 bilhões pelo Pronampe e R$ 2,2 bilhões pelo Fampe
Fonte: FEEB/PR