Reunida mais uma vez nesta quarta-feira (19), a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/Contec, em videoconferência, com os representantes da Caixa Econômica Federal debateram a pauta de reivindicações dos empregados nesta Campanha Salarial.
Na ocasião, estiveram na pauta os temas: Saúde Caixa e Cláusulas pendentes de respostas pela Comissão Caixa.
INTERVALO PARA ALMOÇO
A Caixa trouxe a mesa proposta para o intervalo de almoço para os empregados que cumprem a jornada de 8 horas, de forma que este intervalo possa ser de 30 minutos até 2 horas. No caso, a Comissão da Empresa esclareceu que o empregado poderá aumentar ou reduzir o seu intervalo, conforme as suas peculiaridades. A proposta foi norteada por avaliações e pesquisas apresentadas pela Caixa.
PARCELAMENTO DE FÉRIAS
A Caixa também propôs o parcelamento de férias em até 3 períodos. Sendo o primeiro, não inferior a 14 dias e os outros dois não inferior a 5 dias. A Comissão entende que a proposta atende grande parte dos empregados, mas deixou claro que a opção deverá ser exclusiva do empregado e não do gestor.
BANCO DE HORAS
A Caixa apresentou uma nova proposta para o Banco de Horas. Na proposta, a Caixa informou que o trabalho aos sábados e domingos seriam remunerados integralmente. Quanto às horas extras praticadas durante a semana, a compensação se daria num prazo de até 12 meses, podendo alcançar no máximo até 120 horas para jornada de 6h ou 160h para jornada de 8h registradas no banco de horas.
Segundo a Caixa, a intenção é que o empregado possa usufruir desta compensação quando houver necessidade, seja na complementação de férias, no acompanhamento de alguém da família por motivos de saúde, dentre outros motivos.
Para a Comissão dos Empregados CEBNN/Contec, o empregado quando executa horas extras, espera por uma compensação financeira. Avalia que a proposta traz um prazo muito longo para compensação e um acumulo grande de horas no banco, sem que haja nenhuma retribuição financeira.
Para a Comissão, a proposta precisa levar em consideração também a parte financeira diante da dedicação do empregado, bem como a redução do prazo, não deixando somente por conta do gestor a marcação da folga/compensação, que já vem ocorrendo nos dias atuais.
SAÚDE CAIXA
A Comissão Caixa apresentou detalhadamente dados relevantes sobre o Saúde Caixa. Alegou por meio de dados apresentados, que o atual custeio do programa. Ou seja, 70% empresa x 30% empregados, com a coparticipação nos procedimentos de 20% dos empregados mais o teto por grupo familiar de R$ 2.400,00. O que vem gerando déficits sucessivos desde 2016, os quais vem sendo cobertos pela Caixa.
Somado a isto, com a implantação do limitador de 6,5% sobre a folha de pagamento a partir de 2021, previsto no estatuto da empresa, decorrente de resolução CGPAR, a empresa alegou que este teto foi fator preponderante para o enquadramento da Caixa no Acordo de Basiléia, de forma que fosse possível manter suas operações de crédito.
Para a Comissão dos empregados, a construção de um novo modelo que vise custear e manter a sustentabilidade do plano deve ser discutida com muito critério e um prazo exequível para encontrar o melhor equilíbrio dentro dos princípios do plano e de forma permitir acesso e permanência de todos.
A Comissão Caixa trouxe também, após a apresentação, algumas propostas de custeio para adequar o plano de saúde ao novo limitador. Na sua apresentação fez um paralelo com outros planos e como eram o custeio da parte dos empregados. Nestes estudos e propostas a Caixa leva em consideração várias determinantes e opções , tais como: – Estudo por faixa etária, renda, dependentes. Propõe ainda uma coparticipação de 30% ao invés dos 20% atuais e aumento do teto.
Apesar de ficar claro para a Comissão dos Empregados que as propostas ainda são fruto de diálogo com os empregados, a CBNN/Contec manifestou que os estudos de custeio apresentados pela Caixa não contemplam os empregados. Será preciso muito dialogo e estudos para que se alcance uma solução que não inviabilize a permanência no plano de nenhum empregado, seja ativo ou aposentado. Para a Comissão Contec a revisão se faz necessária, mas entende que deva ser de forma gradativa e plausível.
Outra situação colocada em mesa pelos representantes dos empregados foi a ausência dos novos empregados no plano de saúde. Segundo a Comissão Caixa, uma nova forma de custeio possibilitaria a inclusão destes novos empregados, admitidos após 31 de agosto de 2018.
A discussão do tema terá continuidade na próxima reunião, onde se espera que a Caixa demonstre maior comprometimento com a saúde dos empregados, verdadeiro patrimônio desta empresa.
PRÓXIMA REUNIÃO
Nova reunião foi agendada para o dia 24 de agosto, no período da tarde, quando continuaremos a discutir o Saúde Caixa.
Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/CONTEC