Ocorreu nesta sexta-feira 7, de forma virtual, a primeira mesa de negociação específica da Caixa no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2020. Neste primeiro encontro, além de oficializar a entrega da pauta de reivindicações, a CEE/Caixa debateu com os representantes do banco o home office. A Caixa atendeu a cobrança da representação dos empregados e vai manter o teletrabalho. Além disso, o banco se comprometeu a reavaliar todos os casos de home office para coabitantes de pessoas do grupo de risco para Covid-19.
“Manter o home office nas áreas meio, que podem executar as funções remotamente, é preservar vidas. Sobre os coabitantes, os empregados obtiveram uma importante vitória na negociação. Os trabalhadores coabitantes de pessoas do grupo de risco devem solicitar a liberação para home office ao gestor e, caso recebam uma resposta negativa, devem comunicar ao Sindicato, Apcef-SP e recorrer ao GT de Prevenção, na Gipes/SP”, diz Leonardo Quadros, diretor da Apcef-SP, que na suplência representa a Fetec-SP na CEE/Caixa.
“O banco já deveria ter mantido os coabitantes em home office, mas esperamos que agora essas pessoas sejam liberadas, sem maiores problemas, para o teletrabalho. Também cobramos a liberação para o projeto remoto dos pais e mães de filhos em idade escolar”, acrescenta.
Os representantes dos empregados também tiveram acatada a reivindicação da criação de um canal de denúncias para que empregados informem os locais que não estão seguindo o protocolo. As denúncias poderão ser anônimas.
A Caixa ficou de avaliar a reivindicação do movimento sindical para que pais e mães de filhos em idade escolar ingressem no projeto remoto.
Pesquisa
Na mesa de negociação, os representantes dos empregados levaram ao conhecimento do banco as pesquisa realizada pelo Dieese sobre o home office no setor bancário, na qual foram apontadas pelos trabalhadores questões como adoecimentos decorrentes do teletrabalho; aumento do valor das contas de água, luz e internet; custos com equipamentos para o trabalho não arcados pelos bancos, cobrança de metas abusivas e desrespeito a jornada de trabalho.
A pesquisa revelou ainda que o home office tem causado mais pressão para o cumprimento de metas e conseqüentemente problemas de saúde como dores musculares, fadiga, ansiedade por conta das horas trabalhadas, mobílias e equipamentos inadequados para o desenvolvimento do trabalho.
“Na Caixa, as principais questões são o registro da jornada e o fim da cobrança por metas abusivas. Levamos estas preocupações ao banco. O home office, neste momento, preserva a saúde e a vida dos trabalhadores, mas deve ser regulamentado. É preciso respeito pela jornada, custos pagos pelo empregador e fim das metas abusivas. Afinal, em casa também é trabalho”, destaca Dionísio Reis, diretor do Sindicato e membro da CEE/Caixa.
O home office voltará a ser debatido no decorrer da campanha, assim como na mesa única com a Federação Nacional do Bancos (Fenaban).
Rodízio
A Caixa alegou na reunião que mantém o rodízio dos trabalhadores nas agências. A CEE/Caixa, entretanto, apontou que isso não acontece efetivamente e cobra garantias.
Calendário
A próxima reunião específica da Caixa, no âmbito da Campanha dos Bancários 2020, será realizada na quarta-feira 12 e terá como tema Saúde e Segurança.
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12/08 – Temática: Saúde e Segurança
- 17/08 – Temática: Igualdade e Cláusulas Sociais
- 19/08 – Temática: Cláusulas Sociais
Fonte: SEEB/SP