BANCO DO BRASIL TEM LUCRO DE R$ 3,2 BILHÕES NO 2º TRIMESTRE

06/08/2020

Com menor uso de cartão de crédito e cheque especial, carteira de crédito do banco recuou 0,5% na comparação com o 1º trimestre.

O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 3,2 bilhões no 2º trimestre, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (6). O resultado representa uma queda de 23,7% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 4,2 bilhões).

Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, somou R$ 3,3 bilhões no período entre abril e junho, queda de 25,3% na comparação anual.

No comparativo semestral, o lucro líquido somou R$ 6,4 bilhões, com queda de 21,9% na comparação com os 6 primeiros meses de 2019.

Segundo o BB, o resultado foi influenciado, principalmente, "pela resiliência da margem financeira bruta, pressão nas receitas com prestação de serviços, diminuição das despesas com risco legal e aumento da PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa)".

As despesas totais com provisões para créditos de liquidação duvidosa atingiram R$ 5,907 bilhões no 2º trimestre, com alta de 42,4% na comparação anual e de 51,8% no semestre.

Em meio à pandemia de coronavírus, as receitas de tarifa e prestação de serviços caíram 6,4% na comparação anual, a R$ 6,9657 bilhões no trimestre encerrado em junho. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 7,850 bilhões, uma alta de 2,6%.

O retorno sobre o patrimônio líquido do Banco do Brasil, um indicador da lucratividade dos bancos, caiu ainda mais e atingiu 11,9% no período entre abril e junho, ante 12,5% trimestre imediatamente anterior e 17,6% no 2º trimestre de 2019.

Menos uso de cartão de crédito e cheque especial
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 721,6 bilhões no final de junho, alta de 5,1% na comparação com junho de 2019. Houve, entretanto, redução de R$ 3,6 bilhões (0,5%) comparação com março (R$ 725,1 bilhões).

Segundo o banco, o recuo se deve principalmente à "queda da carteira de cartão de crédito para pessoas físicas, fruto do menor consumo com esse meio de pagamento com redução de R$ 3,5 bilhões ou 12,1%". A linha de cheque especial do segmento também sofreu retração, de 17% ou R$ 291 milhões.

O menor consumo em cartão de crédito pelas famílias impactou também as linhas de recebíveis das empresas, com queda de R$ 6,2 bilhões (40,9%), segundo o BB. Por outro lado, houve aumento de 7,5% nas linhas capital de giro, sendo que desse movimento, 36,8% foi realizado pelos clientes MPME.

Já os segmentos de grandes empresas e agroindustrial apresentaram queda de R$ 5,8 bilhões (5,6%) e R$ 426 milhões respectivamente na comparação com março.

O índice de inadimplência INAD+90d (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) caiu para 2,84% em junho, ante 3,17% em março. .

Outros bancos tiveram queda maior no lucro
Apesar do lucro menor no 2º trimestre, a queda registrada pelo Banco do Brasil foi menos intensa do que a sofrida pela concorrência.

O Itaú informou nesta segunda-feira (3) que registrou lucro líquido contábil de R$ 3,424 bilhões no segundo trimestre de 2020. O resultado representa uma queda de quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o banco reportou ganhos de R$ 6,815 bilhões.

O Bradesco reportou lucro líquido contábil de R$ 3,506 bilhões no segundo trimestre de 2020, uma queda de 42% em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 6,042 bilhões).

Já o Santander reportou lucro líquido societário de R$ 2.025,6 bilhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 40,76% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 3,41 bilhões). (Fonte: G1) do site da FEEB/PR

 

 

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