Declarações de presidente da Caixa mostram desrespeito com empregados e população

26/05/2020

 

Em reunião ministerial, Pedro Guimarães afirmou que o home office é uma “frescurada”

 

A declaração do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que o home office é uma “frescurada”, mostrou o desrespeito com que o governo federal e a direção da Caixa vêm tratando os trabalhadores e toda a população durante a pandemia da Covid-19. As declarações foram feitas durante a reunião presidencial do dia 22 de abril, cujo vídeo foi divulgado na sexta-feira (22/05).

O home office foi uma das reivindicações para o protocolo de segurança contra a Covid-19 da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e das entidades que representam os empregados como o Comando Nacional dos Bancários, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e sindicatos. O trabalho remoto é importante para os empregados e para a população protegendo-os da contaminação e evitando a aglomeração nas agências.

Para o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, a declaração de Pedro Guimarães demonstra que o presidente do banco desconhece a Caixa e o país. “Os trabalhadores do banco e a população são vítimas da ineficiência e da irresponsabilidade do governo.  Foi com as demandas das da categoria bancária junto com as entidades que construímos o protocolo de segurança e o home office é uma parte importante para evitar aglomerações”, defendeu Takemoto.

Na avaliação do coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis o discurso de Pedro Guimarães mostra claramente a motivação política do presidente da Caixa. Um dos exemplos, é o abrandamento do protocolo de segurança contra o novo coronavírus (Covid-19), divulgado no dia 19 de maio, que coloca a Caixa em linha com a política irresponsável adotada pelo governo federal. "O que guia essas questões todas são motivações políticas. Tanto abrandar o protocolo, quanto incentivar os empregados ao voluntariado e trabalhar nas agências, ele [Pedro Guimarães] está se promovendo”, avaliou.

O coordenador questiona ainda o motivo pelo qual o banco enfraqueceu o protocolo justamente em um momento em que os casos de Covid-19 dispararam. Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil somou mais de 363 casos da doença e mais de 22 mil mortes no dia 24 de maio. “Reduzir o protocolo de saúde e segurança num momento como o que vivemos é uma completa loucura. É uma triste amostra do que os trabalhadores representam para a direção da Caixa e para o próprio presidente. Não passam de mão de obra. Para piorar, essa atitude foi tomada sem qualquer negociação com as entidades representativas dos trabalhadores", criticou Dionísio.

A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, afirmou que a situação está cada vez mais difícil com a política inconsequente que o governo federal e a direção da Caixa estão adotando ao longo da pandemia. Para ela, foi um erro gravíssimo o discurso sobre o home office. “Mas esse é um erro do governo e de todos aqueles que fazem parte do governo. Os empregados estão submetidos a uma grande pressão, embora as filas de fato tenham diminuído nos últimos dias, os empregados estão trabalhando no feriado, no sábado. Então obviamente, quanto mais horas dedicadas ao atendimento ao público, mais riscos os empregados da caixa correm", afirmou.

Números oficiais da Covid-19

No vídeo gravado no dia 22 de abril, o presidente da Caixa afirma que 45 empregados foram infectados em todo o país. A Caixa não divulgou até o momento os números oficiais de infectados e mortes entre os empregados.

A CEE/Caixa juntamente com a Contraf-CUT, solicitou, por meio de um ofício enviado no dia 22 de maio, os dados para a presidência da Caixa, mais ainda sem retorno.

IPO

Em outra declaração, Pedro Guimarães afirma que não vai dar “molezinha” a empresas ou setores que já estavam em dificuldades antes da pandemia.

A Caixa é essencial para o desenvolvimento do Brasil e para a geração de emprego e renda. Nesta pandemia, o banco público tem sido fundamental para a população. Mesmo assim o governo insiste na agenda de privatização, vendendo as partes rentáveis do Banco, como seguros, cartões e gestão de ativos, e enfraquecendo o papel social da Caixa. Na quinta-feira (21/05), o presidente da Caixa reafirmou os planos de venda, durante uma coletiva de imprensa.

Para o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, a direção da Caixa está preocupada apenas com o lucro ao invés de apresentar planejamentos para melhorar o atendimento à população e as condições de trabalho para os empregados.

“Nós queremos a Caixa forte. Vendendo partes lucrativas, a Caixa não terá capacidade de executar todos os programas sociais tão importantes para a população, como o Minha Casa Minha Vida, o Fies e várias outras ações que são essenciais ao povo brasileiro”, acrescentou Takemoto.

Fonte: FENAE

 

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