Em meio a um cenário ainda de dificuldade de recuperação dos postos de trabalho formais extintos durante a crise, o mercado de trabalho se expandiu no último ano com mais profissionais atuando como motoristas por aplicativo e vendedores ambulantes. O número de pessoas trabalhando tanto em veículo automotor quanto em via pública alcançou patamar recorde em 2018. Há 1,060 milhão de brasileiros a mais nessa situação em comparação a 2017.
O Brasil já tem 3,586 milhões de pessoas trabalhando em veículos, 810 mil a mais que no ano anterior, um aumento de quase 30%. Outros 2,304 milhões atuavam nas ruas, 249 mil a mais em um ano, 12,1% de crescimento no total de ambulantes.
O cálculo exclui os empregados do setor público e os trabalhadores domésticos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): características adicionais do mercado de trabalho, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um ano, outros 905 mil trabalhadores a mais passaram a atuar em local designado pelo empregador, patrão ou freguês, que inclui os entregadores a bordo de motocicleta e bicicleta, muitos também recrutados por aplicativo. Outras 670 mil pessoas passaram a trabalhar em casa, com grande predominância do trabalho por conta própria.
Em 2018, a população ocupada no setor privado no Brasil somava 74,4 milhões de pessoas. A principal redução, em números absolutos, ocorreu na quantidade de pessoas trabalhando em estabelecimento do próprio empreendimento, menos 1,847 milhão de pessoas em um ano, embora permaneça a modalidade com mais trabalhadores, 44,537 milhões.
Também houve queda relevante no total de trabalhadores em fazenda, sítio, granja e chácara, 128 mil a menos em relação a 2017, para um total de 7,972 milhões, menor patamar da série histórica iniciada em 2012.
O IBGE divulgou ainda que 5,6% dos 27,9 milhões de pessoas ocupadas como empregadores ou trabalhadores por conta própria em 2018, um total de 1,556 milhão, eram associados a uma cooperativa de trabalho ou produção.
Entre os ocupados como empregador ou trabalhador por conta própria, 29,0% estavam em empreendimentos registrados no CNPJ em 2018. Na fatia de ocupados atuando por conta própria, apenas 19,4% possuíam o registro formal, embora tenha alcançado o maior patamar da série histórica. Entre os empregadores, 79,4% deles tinham CNPJ. (Fonte: UOL) do site da FEEB/PR