Em nota, Débora Fonseca, Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref) do Banco do Brasil, avalia que a medida irá aumentar a influência de acionistas nas decisões do banco, enfraquecendo a função pública do banco
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, detalhou na noite de quarta-feira 21 o Programa de Parcerias de Investimentos, que inclui projetos em andamento e iniciativas para a entrega de empresas públicas ao capital privado.
Dentre eles está a venda de participação da União no Banco do Brasil que excedam o controle acionário. A intenção é vender até 20,7 milhões de papéis do banco. A medida foi divulgada em fato relevante pelo Banco do Brasil também na quarta-feira.
Em nota, Débora Fonseca, a Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref) do Banco do Brasil, afirma que a medida irá aumentar a influência de acionistas privados nas decisões estratégicas do banco, enfraquecendo sua função pública.
Débora ressalta que, em 2015, o governo federal detinha 57,7% das ações do Banco do Brasil. Antes desse anúncio esse percentual era de 50,7% e, com a medida, o percentual cairá ainda mais.
“As ameaças aos bancos públicos tem se acirrado no novo governo. O desmonte dos bancos públicos é um problema que não afeta somente os trabalhadores, porque tem impacto no crédito no país e prejudica o financiamento do agronegócio, habitação, obras de infraestrutura, projetos de geração de renda e políticas sociais”, afirma Débora.
Leia abaixo a nota completa
Governo aumenta influência de acionistas privados no BB
O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira (22) que a União pretende vender suas ações excedentes ao controle da instituição. A Resolução 61 do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) recomenda a inclusão da participação acionária excedente, detida pela União, no capital social do Banco do Brasil, no âmbito do Programa Nacional de Desestatização.
Em 2015 o governo federal detinha 57,7% das ações do Banco do Brasil, antes desse anúncio esse percentual era de 50,7%. Com a publicação, esse percentual cairá ainda mais.
A medida dificulta a atuação do BB enquanto banco público, aumentando a influência de acionistas privados nas decisões estratégicas do banco.
É uma decisão que visa a redução do papel do Estado sem justificativa ou análise e desconsidera o papel fundamental que o BB sempre exerceu no desenvolvimento econômico e social do país.
As ameaças aos bancos públicos tem se acirrado no novo governo. O desmonte dos bancos públicos é um problema que não afeta somente os trabalhadores, porque tem impacto no crédito no país e prejudica o financiamento do agronegócio, habitação, obras de infraestrutura, projetos de geração de renda e políticas sociais. (Fonte: Seeb SP) do site da FEEB/PR