É com imensa preocupação que as entidades representativas dos empregados da Caixa Econômica Federal acompanham o anúncio de que o sócio e diretor do Banco Brasil Plural, Pedro Guimarães, será o presidente da empresa pública.
O Brasil Plural é o principal credor no processo de recuperação judicial da empresa Ecovix, na qual Caixa e Banco do Brasil também são credores. É evidente, portanto, a incompatibilidade, por conflito de interesses, de um sócio-diretor do Brasil Plural ocupar qualquer cargo de gestão nos bancos federais.
Além do evidente impedimento, pesa contra a empresa de Pedro Guimarães a suspeita de envolvimento na supervalorização artificial registrada pelo FIP Florestal, fundo do qual a Brasil Plural é gestora. A operação causou prejuízos à Funcef e à Petros e está sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal no âmbito da Operação Greenfield.
Esses motivos tornam a indicação de Guimarães extremamente temerária e suspeita, para muito além dos interesses privatistas os quais, ademais, jamais foram mantidos em segredo.
É importante lembrar que a Caixa não pertence a um governo, mas ao Estado brasileiro. Ela mantém hoje a melhor estrutura de capital entre todos os bancos brasileiros, já alcançou este ano o maior lucro da sua história, vem sendo administrada nas últimas gestões por empregados de carreira e continua sendo o banco essencial para a sociedade. Precisamos estar atentos!
Fórum das Entidades Representativas dos Empregados da Caixa
Fonte: Fenae