Economista Rubem Novaes foi escolhido por Paulo Guedes para chefiar o banco (Laís Alegretti)
Escolhido para presidir o Banco do Brasil, o economista Rubem Novaes afirmou nesta quinta-feira (22) que privatização e enxugamento serão prioridades durante a gestão dele.
"A prioridade é enxugamento, eficiência e privatização do que for possível privatizar internamente ao banco", afirmou, após reuniões no gabinete de transição, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Novaes evitou apontar áreas que podem ser privatizadas.
"A gente vai procurar ver, internamente ao banco, o que já é possível fazer na linha de privatização, de redução do papel do estado, mas está prematuro para eu detalhar."
Segundo Novaes, a privatização de braços do banco pode ser feita em etapas.
"Hoje a ideia é usar muito mais o mercado de capitais nas operações de privatização. Não necessariamente será uma privatização total logo. Você pode fazer isso em etapas: fazer IPOs e vender partes e, numa segunda etapa, então, partir para a privatização", disse.
Novaes é amigo de Paulo Guedes desde os tempos em que estudaram na Universidade de Chicago (EUA), um dos centros de difusão do liberalismo econômico. É professor da Fundação Getúlio Vargas e foi diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Indicado para a presidência do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Carlos von Doellingerafirmou que o órgão deve dar suporte ao Ministério da Economia, que será chefiado por Guedes.
"A ideia é usar [o Ipea] como apoio forte à formulação da política econômica", disse ele, que se aposentou pelo órgão, onde trabalhou durante 28 anos.
Segundo Doellinger, a orientação de Guedes foi atribuir um "papel ativo" ao Ipea, com foco na avaliação de políticas públicas.
"São todos funcionários públicos, vão continuar sendo, então que sejam bem aproveitados, com foco", disse, em referência aos técnicos do órgão. (Fonte: Folha.com) do site FEEB-PR