Às 10h45 de hoje (22), em São Paulo, terá continuidade a oitava rodada de negociação – iniciada ontem – entre a Contec (Confederação Nacional dos Bancários) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Ontem (21), a negociação avançou até as 22h30.
O Paraná está representado nesta negociação pelo presidente da Federação dos Bancários e do Sindicato de Cascavel, Gladir Basso; Gilberto Lopez Leite, presidente do Seeb de Ponta Grossa, e Carlos Roberto Rodrigues, vice-presidente do Seeb de Maringá.
Ontem, os bancos apresentaram nova proposta, que foi novamente considerada insuficiente pelo comando dos bancários: assinar a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para dois anos, corrigindo os salários pela inflação medida pelo INPC, mais 0,5% de aumento real em setembro de 2018 e 0,5% em setembro de 2019.
A proposta da Fenaban prevê ainda que as verbas econômicas seriam corrigidas apenas pelo INPC, e alteração ou exclusão de diversas cláusulas de CCT, como o pagamento proporcional, e não mais integral, da PLR das bancárias em licença-maternidade e de afastados por doença ou acidente.
Os negociadores da Caixa Econômica Federal também informaram que nesta quarta (22) haverá reunião de negociação com a Comissão da Contec, prevista inicialmente para as 14h30, também em São Paulo.
Veja mais sobre a proposta dos bancos apresentada ontem (21):
• Retirada do salário substituto (cláusula 5ª)
Fim da PLR integral para bancárias em licença-maternidade e afastados por acidente ou doença (esses trabalhadores receberiam PLR proporcional ao período trabalhado)
• Querem compensar, caso percam na Justiça, as horas extras pagas como gratificação de função conforme a cláusula 11ª da CCT. Esse item não vale para os bancos públicos, que têm Plano de Cargos e Salários (PCS). A proposta foi rejeitada e o Comando quer negociar PCS para todos
• Alteração da cláusula do vale-transporte, rejeitada porque ficaria pior do que a lei (cláusula 21ª)
• Fim da cláusula que proíbe a divulgação de ranking individual (cláusula 37ª)
• Retirada da cláusula que previa adicional de insalubridade e periculosidade porque está na lei (cláusula 10ª)
• Querem flexibilizar o horário de almoço de 15 minutos para 30 minutos na jornada de seis horas (exceto para teleatendimento e telemarketing)
• Fim do vale-cultura (cláusula 69). Comando quer que permaneça para que o direito esteja garantido caso do governo retome o programa.
• Retirada da cláusula que garantia a homologação de rescisão contratual nos sindicatos
• Aqui um avanço: garante o parcelamento do adiantamento de férias em três vezes, a pedido do empregado
• Outro avanço: mantém o direito do hipersuficiente à CCT (quem ganha mais de R$ 11.
• Mantém o direito ao adiantamento emergencial para quem tem recurso ao INSS por 90 dias. Os bancários querem 120 dias.
Fonte: FEEB-PR