São Paulo – Durante a terceira rodada de negociaçõesda campanha nacional unificada deste ano, nesta quinta-feira (19), bancários discutiram novas reivindicações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Desta vez, as principais pautas foram o fim do assédio moral e as metas abusivas, que resultam no adoecimento dos trabalhadores.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), não houve avanço nas conversas. Responsáveis por 1% dos empregos criados no país, o bancos são responsáveis por 5% dos afastamentos por doença, entre 2012 e 2017, diz a entidade.
Os bancários afirmam que as cláusulas da convenção coletiva não estão sendo respeitadas e precisam ser ajustadas para promover melhores condições de trabalho. "Discutimos várias cláusulas e, inclusive, as metas. A pressão e a cobrança causam o adoecimento do trabalhador. Isso significa que é urgente encontrarmos uma solução para essa cobrança abusiva. As principais doenças são transtornos metais e lesões por esforços repetitivos", diz a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.
Entre as reivindicações, está o fim da revalidação dos atestados médicos apresentados pelos trabalhadores, na maioria das vezes emitido por profissional conveniado pelo próprio plano de saúde do banco, o responsável por acompanhar a saúde dos bancários.
"A Fenaban apenas se comprometeu a estudar melhor alguns pontos da nossa pauta, que já tinha sido apresentada com antecedência. A saúde dos bancários vai de mal a pior. Não à toa, em consulta nacional, a categoria apontou o combate ao assédio como prioridade. Além de adoecer, os bancários enfrentam enormes dificuldades colocadas pelos bancos para o tratamento”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva.
As próximas rodadas serão realizadas na quarta-feira (25), sobre emprego, e também em 1º de agosto, quando serão discutidas as cláusulas econômicas. Neste último dia, a federação dos bancos se comprometeu a apresentar uma proposta final para os trabalhadores. A data-base é 1º de setembro. (Fonte RBA)