Trabalhadora estava às vésperas da aposentadoria
O Bradesco demitiu, na última semana, uma bancária portadora do doença adquirida no exercício da função (LER/DORT) e que, após mais de 32 anos de dedicação ao banco, tinha acabado de requerer o benefício da aposentadoria no INSS.
Ela foi contratada em dezembro de 1985 na agência da avenida Sete de Setembro, Centro de Porto Velho, e nessas mais de três décadas de trabalho ela foi afastada para tratamento de saúde em quatro oportunidades, sendo a primeira em 2005, quando o INSS reconheceu a doença ocupacional. Em 2008 ela foi reabilitada pelo órgão previdenciário para que atuasse em outra função que não exigisse esforços repetitivos e, com isso, não agravar seu quadro de saúde.Em 2014 o perito médico diagnosticou a doença que comprometeu 40% dos membros superiores (ombros, cotovelos e punhos).
O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) entendeu que o banco se aproveitou da chance de demitir uma funcionária que buscava sua aposentadoria, mas, principalmente, porque ela estava lesionada depois de tantos anos dedicados ao banco, e que por ser portadora de LER/DORT, não poderia ser desligada do quadro profissional da empresa.
"Vamos buscar a justiça e garantir que essa demissão do Bradesco seja revogada, e que a trabalhadora continue com seu emprego até que consiga seu benefício da aposentadoria que ela tanto merece depois de tantos anos de trabalho. É o mínimo de justiça que pode ser feito a uma pessoa que teve a própria saúde comprometida após tanto tempo de trabalho", destacou o diretor de imprensa do Seeb RO, Clemilson Farias. (Fonte: Seeb Rondônia) do site FEEB-PR