Esta é a 2ª fase da Operação Duas-Caras deflagrada em Curitiba, Colombo e Pinhais
A Polícia Federal prendeu três pessoas em operação deflagrada nesta quarta-feira (11), dentro da 2ª Fase da Operação DUAS-CARAS. A quadrilha investigada é suspeita de roubar mais de R$ 1 milhão em contas poupança de clientes da Caixa Econômica Federal – CEF. Os mandados foram cumpridos em Curitiba, São José dos Pinhais e Colombo.
Vinte e cinco Policiais Federais cumpriram nove mandados judiciais, sendo quatro mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e dois de condução coercitiva, todos no Paraná.
Após análise de materiais apreendidos na 1ª fase, a Polícia Federal identificou novos fatos e novos suspeitos e representou junto à Justiça Federal pelos novos mandados judiciais.
A operação investiga saques em contas poupança de clientes com grandes saldos e que não apresentava histórico de retiradas, onde um funcionário do banco identificava e repassava os dados ao líder do grupo criminoso investigado. O funcionário de carreira da Caixa, Francisco Casamasmo Júnior, foi preso em João Pessoa na primeira fase da operação, deflagrada no dia 15 de setembro, e está detido na carceragem da PF, em Curitiba.
Segundo a PF, ao menos 400 transações financeiras teriam sido realizadas através do esquema criminoso, entre saques e transferências.
O grupo se articulava e realizava retiradas dessas contas poupança até zerarem ou fossem descobertos.
O golpe
Com os dados dos clientes em mãos, o líder do grupo solicitava a elaboração de documentos falsos, complementando os demais dados necessários com outros participantes do grupo, que geralmente possuíam acesso a banco de dados, em razão de suas profissões.
Os investigados entravam em contato com a central de cartões da Caixa e, se passando pelos clientes, informavam a “falsa” perda do cartão bancário, fato que gerava um novo envio de cartão.
Os cartões eram retirados nos centros de distribuição dos Correios com uso de documentos falsos, e se iniciava a série de saques nos caixas eletrônicos, compras na modalidade débito e saques e transferências na boca do caixa, até que o dinheiro nas contas se esgotasse ou que o crime fosse descoberto.
O nome da operação é uma referência a atuação do funcionário da Caixa investigado, que “age de um jeito ou de outro dependendo com quem está”, o que torna a pessoa conhecida por ser DUAS-CARAS (Fonte: Gazeta do Povo)