CONTEC participa de debates em audiência pública sobre “Os impactos da reestruturação dos bancos públicos na economia baiana”

13/10/2017

A CONTEC participou dos debates promovidos na audiência pública realizada nesta segunda-feira (09/10), na Assembleia Legislativa da Bahia, sobre os impactos da reestruturação dos bancos públicos na economia baiana, que foi convocada pelo deputado estadual Jean Fabrício (PCdoB-BA), em conjunto com a Federação dos Bancários da Bahia e os sindicatos da base. A sessão foi aberta pelo presidente da Federação dos Bancários, Emanoel Souza, que compôs a mesa com representações de lideranças de diversas instituições.

O primeiro orador foi Jair Pedro Ferreira, presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal, que lembrou que só restaram 10 bancos públicos depois do último processo de privatizações. Na visão de Jair, os bancos públicos são fundamentais para equilibrar o sistema financeiro, para evitar que os bancos privados ditem as regras, visto que esses bancos são os gestores dos fundos constitucionais e de programas sociais.

Representando a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, falou Fabio Ledo, que afirmou que no último ano o BB já reduziu seu quadro em mais de 10 mil funcionários, visto que deixou de repor os desligamentos por aposentadoria, sinalizando o esvaziamento da instituição bicentenária. Ledo afirmou que os discursos dos privatistas de que os bancos públicos seriam ineficientes constituem um grande equívoco, visto que os resultados demonstram exatamente o contrário.

Jeane Pereira falou pela Associação dos Funcionários do BNB, destacando a necessidade de as entidades participarem de todos os espaços onde se discuta os bancos públicos, com vistas à defesa da sua manutenção, para defesa da região e da economia do Nordeste. Ressaltou ainda que, na Bahia foram fechadas seis agências, com prejuízos para a região. Afirmou que o BNB também é alvo de “reestruturação”, com fechamento de agências e extinção ou redução de programas sociais, objetivando o desmantelamento do banco para futura privatização.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) enalteceu o debate, destacando sua relevância. Segundo o deputado, as ameaças contra os bancos públicos têm sido permanentes, mas atualmente os ataques encontram-se num contexto de destruição de todas as políticas públicas por parte do governo federal. O deputado ressaltou que confia na mobilização da sociedade em defesa dos bancos públicos como instrumentos para a realização de políticas de desenvolvimento.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, ressaltou a necessidade de ampliar esforços nessa luta junto ao no Congresso Nacional. Vasconcelos destacou que a retirada do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) do BNB pode inviabilizar o banco. Fez duras críticas à gestão do Desenbahia, que vem adotando uma postura antissindical e autoritária na relação com o Sindicato. Afirmou também que as mudanças nas taxas de juros do BNDES representam medida que objetiva o desmantelamento daquele banco.

Pascoal Carneiro, presidente da CTB Estadual, lembrou que não existe economia forte no mundo capitalista sem a presença de bancos públicos. Destacou que alguns tipos de operação de crédito são realizados somente por bancos públicos, que constituem o principal fator de movimentação da economia dos municípios nordestinos.

Gilberto Viera, representante da CONTEC (Confederação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito), enalteceu a iniciativa e realização do debate, destacou que só no primeiro semestre deste ano o Banco do Brasil fechou mais de 400 agências e reduziu mais de 380 agências para postos de atendimento, além de desligar a partir de dezembro/2016, 9.400 funcionários por aposentadoria incentivada, sem reposição desse pessoal. Lembrou que só no início deste ano a Caixa Econômica Federal desligou, sem reposição, 4.645 empregados, sem considerar o expressivo número de empregados desligados neste semestre e não repostos.

Gilberto Vieira ressaltou que entre os impactos para os trabalhadores, temos elevado stress decorrente da sobrecarga de trabalho – inclusive com impactos sobre a saúde de muitos trabalhadores –, grande dificuldade de recolocação dos empregados da Caixa desligados sem condições de aposentadoria e perdas salariais enfrentadas pelos colegas do Banco do Brasil descomissionados pela reestruturação.

O representante da CONTEC salientou que os clientes desses bancos foram prejudicados com a redução da capacidade de atendimento, diante da sobrecarga dos trabalhadores, bem como os clientes das classes econômicas menos favorecidas.

Também destacou os prejuízos da sociedade com a elevação das taxas de juros e tarifas, além da redução do crédito. Gilberto Vieira destacou a necessidade de debates como o realizado na audiência pública da Assembleia Legislativa da Bahia, para mobilização da sociedade e pressão aos parlamentares para defesa dos interesses da sociedade brasileira.

O representante da Associação dos Gerentes do Banco do Brasil, Levi Gomes, afirmou que abrir mão dos bancos públicos seria uma insanidade, visto que essas instituições são fundamentais para o desenvolvimento da economia nacional.

Sandra Freitas, presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, falou em nome dos sindicatos do interior, registrando que entende necessária a ampliação da luta em defesa dos bancos públicos, buscando o apoio dos diversos setores da sociedade e especialmente dos parlamentares.

Encerrando o evento, Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia, registrou a boa presença de entidades representativas e a necessidade de repetição desse tipo de evento em outras casas legislativas. (Fonte: Contec)

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