O numero de empregados que aderiram ao PDVE é de 4.645. Sem a reposição das vagas que serão deixadas por esses trabalhadores, o horizonte é de enfraquecimento do banco, contra o qual a categoria continuará lutando
A direção da Caixa Econômica Federal encaminhou na semana passada uma correspondência confidencial aos gestores (CE Depes/Surbe 024/2017), na qual anuncia oficialmente o propósito de, por meio do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), reduzir o quadro de pessoal e extinguir funções gratificadas.
O recado é claro: não haverá reposição das vagas deixadas pelos empregados que aderirem ao PDVE e deixarem o banco.
A meta da direção da Caixa era de desligar 10 mil trabalhadores. Foram 4.645 adesões ao plano de demissão. Não se trata, no entanto, do total de trabalhadores que sairão da Caixa até 31 de março, data-limite para desligamento, já que poderão ocorrer desistências pelos próprios empregados e recusa pelo banco.
O desenho que está sendo pensado para a Caixa é semelhante ao modelo proposto para os bancos que foram enfraquecidos e privatizados nos anos 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
As demissões desenfreadas, tidas como voluntárias, serão aceleradas. O sonho de uma Caixa sintonizada com os desafios do Brasil ficará cada vez mais distante. O banco é um dos poucos instrumentos de política social, mas esse perfil será riscado do mapa caso esse processo obtenha êxito
A redução dos postos de trabalho agrava as já precárias condições de trabalho e compromete a qualidade no atendimento à população. A Caixa já não contrata ninguém há dois anos, embora tenha realizado Planos de Apoio à Aposentadoria e, agora, um PDVE com a intenção de desligar 10 mil trabalhadores. É fundamental que as contratações sejam retomadas. (Fonte: Fenae)